sábado, 18 de junho de 2011

NARDELA, HOMENAGEADO...

JEC Campeão Catarinense 1987.
Decisão em Criciúma
Criciúma 0 X 2 JEC (Gols: Geraldo Pereira e Nardela).

De Pé: Almir, Adilson, Leandro, Junior, Rocha e Rodolfo.
Agachados: Geraldo Pereira, Nardela, Claudio José, Moreno e Paulo Egídio.
Técnico: Edu Antunes.

A Diretoria do Juventus prestará homenagem domingo, 19 de junho, no jogo contra o Garuva, a Reinaldo Antônio Baldessin, o Nardela. O vencedor do jogo válido pela 3ª Rodada da Primeirona Joinvilense | 2011, receberá o Troféu que leva o nome do maior artilheiro do JEC.

Justíssima homenagem. Quem é Joinvilense, e viveu a década de 80, jamais esquecerá este jogador que tornou-se símbolo para uma torcida apaixonada. Nardela conquistou do mais jovem, ao mais velho torcedor, e encantou até adversários.

Em 1985, com 8 anos de idade, eu amava o JEC, e descobri o significado da palavra ídolo. Escrevi no Colégio onde estudava, para concorrer ao prêmio de passar um dia com ídolo, personagem da "composição". A redação foi escolhida entre as 3 finalistas, mas, não fui o vencedor do concurso. A história se perdeu no tempo, mas, a memória continua viva. Escrevi sobre um certo meia-direita, "jaqueta 8, que atendia (atende) pelo apelido de Nardela.

Nardela foi mais que um atleta, um homem, no sentido "real" da palavra, dentro e fora de campo, um exemplo. Jogador que se doava em campo, respeitava a torcida, os adversários, os atletas, os dirigentes, os árbitros e era respeitado.

Vou lhes contar um fato, que assisti no Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, num domingo a tarde, numa época em que valia a pena ir ao estádio. Infelizmente não lembro a data, lembro vagamente o adversário, mas para não cometer injustiça, prefiro não citá-lo.

Estávamos eu, meu Pai e meu irmão assistindo um jogo do Joinville no Ernestão. O JEC goleava por 4x1. No 5º gol do JEC, Nardela correu de braços abertos para saudar o companheiro que havia marcado o gol. No meio do caminho, o goleiro adversário, acertou um soco na barriga de Nardela. Certamente não era o jogador do JEC que o goleiro queria acertar, e sim sua equipe pela goleada que estava sofrendo.

Nardela parou, abriu os braços, fitou o goleiro, como se dissesse, "Para que isso?". Balançou a cabeça negativamente e voltou para o centro do campo em silêncio. Diante da cena, o goleiro ficou sem reação. Levou para casa uma sacola de gols, e uma lição, ensinada por um craque.

Neste episódio, o craque optou por não apelar. Mais do que isso, agiu conforme os valores que aprendeu na sua educação, e que nortearam sua carreira e  por certo, sua vida!

130 gols pelo JEC, e podem somar várias lições para quem se deu o trabalho de aprender.

"Desde que chegou ao Joinville, em agosto de 1980, trazido do Guarani, o meia Nardela, Reinaldo Antônio Baldessin, 25 anos, Paulista de Piracicaba, foi sempre uma peça muito importante para o time. Apesar de ter atuado somente em 32 das 62 partidas pelo Joinville neste campeonato, Nardela foi o artilheiro da equipe - pela segunda vez consecutiva - com dez gols. Assim, Nardela mostrou que, além de organizar o meio-campo e armar jogadas para seus companheiros de ataque, vai à frente em busca do gol. E tem dado certo".
Revista Placar - Edição dos Campeões, de 23 de dezembro de 1983, página 36 "JEC HEXACAMPEÃO CATARINSE - ESTÁ VIRANDO UMA ROTINA".

Parabéns a Diretoria do Juventus pela iniciativa, pela visão, e pelo respeito a este ícone do futebol joinvilense.
mac | 2011.

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